nOdoa

(nOdoices simples..nada de complicado)

quinta-feira, outubro 25, 2007

Oh mariana!!! toma lá que é para não teres dúvidas




Ya viene el negro zumbon
Bailando alegre el baion
Repica la zambomba
Y llama a la mujer

Ya viene el negro zumbon
Bailando alegre el baion
Repica la zambomba
Y llama a la mujer

Tengo gana de bailar el nuevo compass
Dicen todos cuando me ven pasar
"¿ Chica , donde vas?"
"Me voy a bailar, el baion!"

Tengo gana de bailar el nuevo compass
Dicen todos cuando me ven pasar
"¿ Chica , donde vas?"
"Me voy a bailar, el baion!"

Ya viene el negro zumbon
Bailando alegre el baion
Repica la zambomba
Y llama a la mujer

Ya viene el negro zumbon
Bailando alegre el baion
Repica la zambomba
Y llama a la mujer

Tengo gana de bailar el nuevo compass
Dicen todos cuando me ven pasar
"¿ Chica , donde vas?"
"Me voy a bailar, el baion!"

Tengo gana de bailar el nuevo compass
Dicen todos cuando me ven pasar
"¿ Chica , donde vas?"
"Me voy a bailar, el baion!"



A cena que o Nanni vê na TV, objecto desprezível, pertence, portanto, ao filme Anna e a artista não é, portanto, outra senão a Silvana Mangano.

sexta-feira, outubro 05, 2007

eu às vezes parece que sei

estava eu a vir do castelo e comento cá para mim "e se desse aqui uma mijinha neste café tão giro que o Dalí a agarrar numa garrafa de whisky, um busto do Fidel e o diabo a querer sair pelo tecto"..e fui. Quando saio do cubículo penso "e se bebesse uma cervejinha"..e faço. Não é que quando a cerveja bate na mesa começa a chover a rodos e de um modo verdadeiramente desmesurado e dou a minha decisão realmente por bem tomada. São coisas assim que fazem uma criança tão singela como eu, ser feliz por ser.

encontro de primeiro grau

Ontem meti conversa com um tipo pelo facto de ele me ver sempre todos os dias naquele café faz uma semana e só agora se ter apercebido que eu não era, tal como ele tinha na ideia, eslovaco. De ressalvar o facto que eu vou todos os dias àquele café ao fim da tarde por ser aquele que eu descobri ter a cerveja mais barata pelo centro histórico e não necessariamente pelas pessoas ou decoração, embora esta não seja má, não fosse o facto de umas molduras com coisas aleatórias que anhadiram naquelas que parecem ser as proximidades dos tempos como é exemplo um poster dos simpsons bem a despropósito no local ou mesmo uma foto de camiões. Bom, conversa puxa conversa e eu começo a pensar que finalmente adquiro um conhecimento, sem ser por mão alheia, nesta cidade. Faço questões sobre concertos Punk e de que género seriam, adiantando que me havia sido aconselhado não frequentar qualquer tipo de diversão de tal ordem por ser habitual grupos de tipos de direita alimentadores de ódio, como já se sabe, aparecerem em tal espaço de recreação para distribuir violência cega e que eu sendo o tipo com a fisionomia e características de pele mais diferenciadas seria o primeiro a levar. Coisa que eu nem considero ser verdade até porque normalmente só se apercebem eu ser de terra estranha quando sucede o acto de pagamento. Mas voltando ao sucedimento, ele diz que não, que não há nada disso e que tinha acontecido, só por acaso, fazia duas semanas. Eu comento que sendo assim tudo bem, fico mais à vontade. Indica-me um ou outro local que diz ser de interesse frequentar em termos de alcoolémia mas para não me acercar ao estádio do outro lado do rio, porque é onde geralmente se encontram os skins, também vulgos membros de claque. E que em dias de jogo manter um raio de distância bem grande, ou seja, não frequentar o grande, género o Parque da Paz, que fica em antes do recinto de jogo. Eu faço uns comentários acerca do crescimento das comunidades neo-nazis e nacionalistas dentro das camadas jovens por toda a Europa e ele diz sentir o mesmo e ser natural até porque eles até têm algumas boas ideias. Aqui, eu fico de pé atrás (expressão que me foi difícil de explicar a um amigo meu em inglês duas horas mais tarde). A conversa desenvolve-se e ele convida-me para hoje ir a um pub (é o que eles chamam ao que eu continuarei a chamar café embora eles aqui não bebam café na nossa consideração do termo, até porque uma bica é mais cara que uma cerveja de pressão de 0,5L) onde irá haver um concerto de country eslovaco, o que eu aceito só para ver no que tal dará. Depois do concerto já não me convida porque irá para casa de uns amigos skins, o que eu aceito também pelo facto que todos sabem. Bom, após isto ele faz um discurso em como ele e a sua namorada (gótica mas tipo aquelas que se balançam lentamente junto à parede no toxyn) tinham conhecido uns fascios e que se tinham começado a interessar pelas ideias e que estavam cada vez mais embrenhados na coisa. Eu, na minha qualidade antifa, refiro que só uma vez tinha conversado com uma nacionalista e não tinha dado em nada, ficando nós de um lado e ela no seu sem discussão proeminente a violência, tudo muito normal, e que portanto não sabia que tipo de discurso podiam ter tido com ele. Não percebo, porque aqui nem sequer há imigração ou insegurança nas ruas, não sabendo portanto que ideias absurdas podem incutir num tipo de mente permeável, sendo que o moço nem sabia da sua história ancestral e é governado pela mãe. No final de tudo a conversa fica nestes termos e hoje vou ouvir coutry.
Moral da história: devia ter reparado melhor nas botas que o cachalote trazia calçadas. Coisa que apenas fiz quando ele fez questão de me as mostrar.

quinta-feira, outubro 04, 2007

facto admitido: a melhor cerveja em Bratislava é Checa


quote

"(...) and there emergeg from the car a pair of the sort of legs wich soundtrack editors are unable to see without needing to slap a smoky saxophone all over, for reasons wich no one besides soundtrack editors has ever been able to understand."

quarta-feira, outubro 03, 2007

só para se ver como é a raça do brasileiro

Hoje (também, que é para se ver o quanto eu sou profícuo em acontecimentos), estava eu sentado nas muralhas do castelo a ler The Long Dark tea-time of the Soul, de Douglas Adams, livro que me foi impingido por ser o único em inglês lá por casa, muito descansadinho de pernas cruzadas e virado para o Danúbio de casaco com o gorro posto por cima das frontes quando oiço uma linguagem estranha. Deslargo o sentido ocular para pegar no auditivo e tento-me aperceber das afirmações feita. Após alguns momentos de esforço em face à sintonização necessária, porque esta terra e especialmente naquele sítio, uma pessoa ouve de tudo, lá decifro um ou outro termo. Um deles era constantemente repetido. Passo a nomeá-lo: babaca. A partir deste, todo o discurso se tornou mais claro. "Esse babaca se senta ali, com todo o mundo querendo tirar foto e ele bem no meio". É mentira que eu estava bem num canto e de onde eu estava pouco ou nada de uma fachada se poderia querer fotografar. Mas turista, já se sabe, quer recordação de tudo, até do cone do gelado, que por certo se vende muito por aqui em sem número de pontos. Eu vai e continuo desapercebido, a topá-los. Olho para cima e vejo dois brasileiros entre os 25 e os 30, um com ar de turista e outro que faz turismo porque sei lá e se queixa de tudo e que estava bem era deitado no seu sofá de lona, lá bem longe onde não bate o sol. É precisamente este que fala que nem sequer tem máquina na mão. "Um banquinho ali..se o babaca se queria sentar que o fizesse lá onde não tapa o resto..bem babaca, hein." O outro sem se importar e a admirar a vista do Danúbio e este encostado à muralha com os braços envoltos como que a queixar-se do frio. Eu, a topá-los, não faço mais nada. Pego nas coisinhas e sento-me no banco. Nisto o gorro cai para trás e eu não ligo. "Olhe só quão babaca ele é, o cara é tão babaca que só tem o cabelo raspado de um lado." "Acho que o cara percebe português" "Qual quê, babaca é o que é!" Nisto, ergo a cabeça e sorrio para os dois. Fico nisto 20 segundos sem eles se aperceberem do fazer, principalmente o que fazia considerações e após tal viro-me para ele e reflicto "Se querias que eu me desviasse, podias ter pedido." Novo momento de indecisão e crispandade. "Aí, cê fala português. Donde você é?" Mantenho a postura e respondo que Portugal. Aí ele faz-me um hang loose e diz "falou". "Há quanto tempo você está cá?" "Uma semana" "Uma semana?! Fazendo o quê?" Como quem insinua que se encontra num buraco do mundo e ainda só cá está há uma hora ou duas. "Pois que estou a estudar" "Estudar?! O quê? Fazendo a faculdade?" "Ora nem mais" "Tem faculdade aqui?! Neste lugar..." "Há e não são poucas" "Quanto tempo vai ficar?!" "Um ano" "Um ano..neste lugar?" "É o que se vê" E eu a ler-lhe nos olhos "Só babaca fica aqui fechado nesta basbaquice durante tanto tempo por sua iniciativa" Vem o outro e pergunta sobre a cidade. Faço umas tantas considerações e ele comenta que de facto isto aqui é bem bonito. O primeiro não se deixa ficar: "bonito mas bem pequenino". E eu penso: "é o que há". Lá se decidem a ir embora com um novo "falou" e hang loose.
Se Portugal no séc. XV fosse socialista, agora não teríamos estes tipos por aqui a falar português.
Mais tarde apareceram uns tipos do Porto mas não me fizeram observações. Entre eles apenas comentaram: "Deve ser um bom sítio para estabelecer negócio" "É, mas talvez um pouco pequeno" Turistas que devem ter acabado o seu curso de Economia e Gestão faz 8 ou 10 anos no ESEG ou algo do género, hoje em dia têm um qualquer cargo numa qualquer empresa da família.

mania que sou esperto

Hoje resolvi-me a ir a pé de casa até ao centro só para ver no que dava. Começo, pois, a minha jornada a chamar o elevador às 13:36. O elevador não vem. Volto a chamar. Não vem mesmo. Segunda coisa que não funciona hoje, sendo que a primeira era a água quente, o que fez com que a primeira coisa que eu fiz durante o dia fosse soltar uns gritinhos e uns "fodaaaaasssse" debaixo de um chuveiro. Isto para não falar que não existe luz no cubículo da sanita o que faz do cagar toda uma nova experiência.
Não havendo elevador no meu andar, desci para o seguinte já que no meu prédio existe um elevador para os números par e outros para os ímpares. Porque é que tal sucede? Não sei responder. Talvez para poupar nas portas de elevador. Aí, o elevador já respondeu ao meu chamamento. Passado o primeiro obstáculo e saído do prédio pus-me a caminho da Bajkalska, uma estrada principal que segundo havia visto no mapa bastava seguir para entrar noutra e no fim desta encontrar-me no centro, tal como aconteceu. Passo a paragem de autocarro onde deveria apanhar o transporte e sigo confiante, como que chamando comodistas aos que por lá ficaram. Ao avançar pela avenida apercebi-me que morava a 500m dum grande centro empresarial, isto ao fazer reparo nos senhores de fato que fato que faziam pausa de almoço nos restaurantes e esplanadas afins. Não me deixei atemorizar e fiz cara de forte. Um pouco mais tarde aufiro também também o reconhecimento que mais do que as pessoas que há no passeio são os mosquitos no ar. Não faço nem questão de o tentar descrever. Uma verdadeira praga. Continuo a avançar desviando-e o mais que posso de tal insecto, tendo que retirar alguns dos braços e da face, pior um do olho direito, que desde que acordei terça-feira na Covilhã se encontra bastante sensível (creio ter tido nessa altura inícios de uma conjuntivite, já que ao aterrar em Bratislava e me irem buscar o primeiro comentário feito foi: "Man, some dopes you have!!") e um do meio dos incisivos. Seguindo. Parece-me não ter sido grande ideia esta do caminhar, até porque não chego a ver a intersecção de Bajkalska com a outra avenida, coisa pela qual acabei por nunca reparar. Acabo por passar pela central de autocarros e pensar "em que empreendimento me fui eu meter, esta merda quer-me cá parecer que ficava bem longe ainda do centro". Mas não quis ligar às minhas próprias palavras em prol da minha boa sanidade. Segui em frente, sucedendo-me o mesmo com um grande painel que esconde a destruição das antigas fábricas para a possibilidade de construção de novo centro empresarial. Avançando, faço a aproximação do cemitério, meu ponto de referência para me dirigir para o centro, por volta das 14.02. "'tá feito", não fosse eu ter feito mal as contas do que distava dali até ao centro em si. Após curva e contra curva sem pensar bem nas mesmas, aproximo-me finalmente do centro às 14.17. Missão cumprida, 40 mins não parece ser muito, mais 10 até à escola, é claro.
A questão que se põe é: não será melhor pagar as 16 sk (que sempre dão para um panike num quiosque de rua) do autocarro? Ou mesmo andar nele à pala e fazer escapada aos picas? A resposta considero-a uma incógnita até porque amanhã vou voltar a fazê-lo, ainda que pelo caminho tenham passado 10 ou 14 autocarros dos que podia ter apanhado, situação que face ao meu carácter não me desencorajou em nada. O pior, o pior esse será a estação branca que se aproxima. Dia de São Martinho, diz-se que ele chega à cidade montado num cavalo branco.

terça-feira, outubro 02, 2007

Ontem tive a minha primeira escapadinha à Áustria..consistiu em que o condutor falhou a saída na auto-estrada e em que a melhor forma que ele achou para mudar de de direcção foi a de ir até à fronteira austríaca e desde logo retomar a direcção à República Eslovaca..reverteu-se numa estada pela Áustria de um minuto e de algo por volta de 20m de território..a melhor parte é que pude usar o passaporte para voltar a entrar..mais, descobri que por cá é de alguma graça usar mortalhas daquelas transparentes, acho que é por que quantos mais químicos, melhor lhes sabe a droga, que ao que parece diz-se não ser de grande valor por cá (o mediterrâneo ainda está algo longe)..

primeiro dia na escola

não estou muito impressionada mas para quem vem da ESTC até devia..a minha coordenoradora para ser o Maria Mendes cá do sítio..e eu pareço ser o Pedro Guilherme cá do sítio, embora ainda esteja integrado e não diga nem faça parvoíces desbocadas pelos espaços estudantis..ponto a favor desta escola (alguns irão achar que melhora logo em 50%): teatro não anda por estas emediações, apenas música e dança, de maneiras que sujeitos com berros ofegantes, tentativas de exercícios de voz pelos corredores e cantina, conversas banais e superfluas que são desfeitas em insultos nas costas; aqui não existem..O que também não existe é uma cantina dos SAS, os espaços estão alugados a particulares, o que acaba por ser uma bela merda, até porque o da escola de Cinema parece uma hamburgueria e pratica preços duma exacerbação clara, para não dizer que não tem nada de vegetariano, já o de Música e Dança tem um ar de bar da Cinemateca mas em pobre (o que só melhora) e com preços que um tipo pode pagar..ainda que não chegue a ser ao preço da refeição de estudante..preço que devia chegar apenas para a batata e a água da sopa..De resto, no que toca à minha pessoa, terei uma boa possibilidade a tudo o que preciso..sala com computador, duas até, e no caso de todas estarem cheias ainda poderei ir para uma sala especial e na eventualidade de nada disto, disponibilizam-me um portátil para usar dentro da esola por esses momentos..sentido-me eu, portanto, como o príncipe dentro das emediações..por ora, só um problema e dos grandes, ter uma ideia para uma longa...outro mais pequeno é apresentar no final de Dezembro um trabalho sobre a História do Cinema Português e uma análise do contemporâneo, aqui prende-see um problema: a necessidade de dvd's e cópias de filmes; outra: ter por base bibliográfica a internet. É pouco o português que se dispõe a elabora dissertações acerna da obra nacional.
No meio disto tudo, só já resta uma questão fulcral: arranjar amigos, porque isto de andar sózinho resulta pelos dias..mas pelas noites certa dificuldade de deslocação..outra questão relevante: amanhão joga o Benfica e resultará no 3º jogo seguido que não vejo..

segunda-feira, outubro 01, 2007

são os meus anos e tenho necessidade de..

..estar contigo e dizer coisas absurdas e rir a ponto de rebolar pelo chão..daquele salão nos restauradores..da tasca..da imundície..de correr atrás das pombas..de deslizar pela calçada portuguesa na Rua do Carmo e outras..de irmos para o largo e gozarmos com quem passa..rirmos da pequena desgraça alheia..do levanta-saias..dos single-ons..de fazermos de sombra às miúdas pelas ruas do bairro..de ouvir conversas de côtas sentados na mesa atrás de mim..de dizer "uma super"..do "são sete e meia amora..."..de poder comentar "foda-se, está um calor de tal desmesura..."..de insultar o Luís Filipe e o Nuno Assis e de venerar o deus Rui ou o Luisão..de comentares "estás cá Deus"..de maldizer as gaivotas que grasnam às seis da manhã em ponto..de dizer "tolinha que és, miúda" ou "ensandeceu".."e de tantas outras coisas que por uma questão de educação, não digo"..