nOdoa

(nOdoices simples..nada de complicado)

quinta-feira, outubro 14, 2004

Quem sabe...? (eu não) - 3ª parte

Surdo pela minha ignorância, pela minha incapacidade, porque a surdez tem de tão belo aquilo que um mosquito também tem... nada!! E foi com este sentimento que abandonei aqueles três que eram quatro e os deixei infinitamente mergulhados naquilo que maioritariamente os constituía.. a estupidez, que de tão absurda chegava a ser de uma beleza admirável. Assim, voltei à minha actividade de salta pocinhas, mas com pendras, fintei duas giestas numa bela demonstração de gesto técnico (trocadilho que me lembrei, se eram giestas podia ter-me caído o dentinho e dizer giestos em vez de gestos). Após ter demonstrado a minha qualidade a quatro destas encontrei um ser que pude identificar como uma marmota, uma daquelas que só pelo focinho delas se vê como elas são: puras escavadoras de buracos na terra, se é que assim que elas são felizes, que se pode fazer?! Ao vê-la, tentei descobrir-lhe a idade através dos bigodes, pareciam de plástico mas também é sabido que o mundo em que nós vivemos não é senão uma plastificação na qual nós somos os plastificados e do qual só com os anos nos poderemos soltar. Neste mesmo espírito em que vocês estão eu abordei a marmota:
- Dizei-me marmota fofa que transparece uma sapiência astronómica, sabereis vós dizer-me que coisas incríveis são aquelas que se descobrem naquele belo horizonte azul?!
A sua resposta foi evidente através de uma face que eu passso a traduzir da seguinte forma:
- Qué coño hablas tío? Chino?!
A minha resposta também foi simples, consistiu numa retiragem em fuga da qual aprendi que marmotas não são boa gente, mas sim bons animais, daqueles que podemos levar ao veterinário e tal, principalmente se falamos daqueles que escavam...